Queria perceber o mundo, as horas, os sons,perceber as asas, o mar, as árvores,queria perceber a génese das coisas belas, os dons,os magos e poetas, as pedras e as cores,perceber o gosto, os sabores, a ponte que atravessa o rio,perceber a solidão, a amizade, os montes em flor,as calçadas, os buracos das calçadas, o quente e o frio,a geometria da vida, o tempo e o amor,
perceber um nociceptor, perceber tão bem e simplesmente,e saber, saber tão bem como perceber, perceber um sorriso, o que é ser senão gente,ser tanto de contente, por sentir, abraçar e ver,queria perceber tudo, os dias exactos,perceber a chuva junto à minha janela,olhar pelo telescópio, ver os astros,e concluir que tudo é finito, mesmo escrito ou em tela.João Amendoeira Peixoto (poema e fotografias)in POIESIS - Vol. XIV, EDITORIAL MINERVA, 2006.
De Mónica a 23 de Março de 2007 às 21:22
O segredo está em não perceber, para não quebrar o encanto :) muito bem, temos livro, então :) Continua. Sempre! Não páres! beijinhos
De Paulo a 15 de Março de 2007 às 23:26
Muito bom... de poeta.
De
maria a 13 de Março de 2007 às 22:51
perceber o contrário de todo o mundo
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