Sábado, 28 de Maio de 2005
A Rosa

C

orpo deitado na penumbra do saber,

Orgulhosa, olhando as estrelas em flor,

Recortando cada sorriso de prazer

Pela estrada estrelada cheia de vida e sabor,

 

Olha terna, repousada sobre as ervas, o céu,

Amando o campo e cada estrela no mesmo sorriso,

Luz-lhe uma rosa longínqua e aconchega o véu,

Mantendo a forma dos lábios num único riso,

 

Apetecendo sentir a aragem no corpo e nos sonhos arrecadados,

Enlaça-se por entre os astros carentes

Passando as mãos nos cabelos doirados,

Olha a rosa de tons vermelhos ferventes,

 

Estende-lhe as mãos e mistura-se com ela,

Sentindo-a e crendo na pureza que ali jaz,

Indo além dos sonhos percebeu porque era bela,

A rosa era senão a própria paz.

 

João Amendoeira Peixoto



publicado por Joao Amendoeira às 21:39
link do post | comentar | ver comentários (8) | favorito

Domingo, 22 de Maio de 2005
A inspiração dos artistas

A

bri a janela e escrevi um pensamento.

Materializei em letras e papel, e descrevi,

O que via, desenhei o movimento,

Risquei, rasguei, reescrevi,

 

Puramente, nos recantos da mente há um vazio pronto,

Uma quantidade de palavras que se somam

Renascendo e abrindo como pétalas de um sonho esquecido e tonto

Ornamentado de rosas envolventes que aromatizam,

É instinto, é par, é perfeito…Impossível que seja imperfeito,

 

Mesmo entre palavras despercebidas,

O poema é sempre um rasgar de palavras perdidas,

Respirar entre sentidos que sufocam

Tocando em sons ecoados de noites escritas,

 

Amando amuadas feridas que cortam,

Lentamente, são a inspiração dos artistas.

 

João Amendoeira Peixoto

in Apologia, Folheto Edições, 2009.



publicado por Joao Amendoeira às 11:58
link do post | comentar | ver comentários (12) | favorito

Sábado, 14 de Maio de 2005
Oh hora

floramend2.JPG

Oh horas…

Oh horas de outros dias, de outras noites,

Oh horas, de outra hora,

Que foram beijos, que foram lágrimas,

Que foram dor, que foram embora,

Horas que contemplaram serenidade,

Horas de paixão, de outrora,

De sonhos, perdão e amizade,Horas em vão, horas de agora,

Horas de música, de olhar nos olhos até à paixão,

De guitarra eléctrica, horas de berimbau…

Horas de microscópio óptico, de recordação,

Horas de mão na mão, de açúcar e sal,

Porque no meio das horas, há fisiologia,

Há dor e sofrimento, há a complexidade da coisa

…Há matemática do universo, poesia molecular, biologia

Há a paixão dos sonhos, das coisas belas e de amar, para que alguém nos oiça.

 

João Peixoto (poema e fotografia)



publicado por Joao Amendoeira às 13:21
link do post | comentar | ver comentários (9) | favorito

SOBRE MIM
JOÃO AMENDOEIRA
pesquisar
 
Fevereiro 2013
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2

3
4
5
6
7
8
9

10
11
12
13
14
15

17
18
19
20
21
22
23

24
25
26
27
28


posts recentes

Oceano

Sentimentos apetecidos

Alambique

Apetece

Hollywood, Chá Preto e Pa...

Sonhadora

Pelos Olhos (Parte III)

Pelos Olhos (Parte II)

Pelos Olhos (Parte I)

Amigo...

arquivos

Fevereiro 2013

Abril 2012

Fevereiro 2012

Fevereiro 2011

Novembro 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Agosto 2009

Junho 2009

Maio 2009

Março 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

Setembro 2008

Agosto 2008

Julho 2008

Junho 2008

Maio 2008

Abril 2008

Março 2008

Fevereiro 2008

Janeiro 2008

Dezembro 2007

Novembro 2007

Outubro 2007

Setembro 2007

Agosto 2007

Julho 2007

Junho 2007

Maio 2007

Abril 2007

Março 2007

Fevereiro 2007

Janeiro 2007

Dezembro 2006

Novembro 2006

Outubro 2006

Setembro 2006

Agosto 2006

Julho 2006

Junho 2006

Maio 2006

Abril 2006

Março 2006

Fevereiro 2006

Janeiro 2006

Dezembro 2005

Novembro 2005

Outubro 2005

Setembro 2005

Agosto 2005

Julho 2005

Junho 2005

Maio 2005

Abril 2005

Março 2005

Fevereiro 2005

Janeiro 2005

Dezembro 2004

Novembro 2004

Outubro 2004

BLOGUISTAS
Em Fuga Júlio Perestrelo Umbigo na testa Mandarina Momentos e Olhares O Chapelhudo Próximo Futuro Rotação dos Tempos Sem Linhas
SOBRE MIM
JOÃO AMENDOEIRA
blogs SAPO
subscrever feeds