P
or vezes, apetece que o céu seja novamente azul
que a manhã se entrelace num tom transparente, doce e afogado,
sem problemas, coberta de beijos decompostos em recordações
que ficaram como passos de menino e sorrisos (de um dia aprisionado);
Por vezes, somos isso, sem darmos conta,sem darmos por isso
Somos seres fumegantes que flamejam sonhos vividos,
voltamos a ser crianças, a impor à vida mãos de atenção
enquanto olhamos o céu e as estrelas como meninos perdidos.
João Amendoeira Peixoto (Poema e Fotografia)