Da tua voz saem meus próprios sentidos.Sem que visses o dispersar disparatado da auroraMeus sentidos se apagam aos poucos. Perdidos.Sem que dês conta concisa da minha chuva de agoraQue teima como perfume de lava em não ir embora.Como ardem, arde e doem-me as raízes,Ventos fora, no alto, ramos dispersos, nus e cicatrizes.João Amendoeira