Das mãos como sedeMadrugo como quem o destino escreveE procura de pé seu sonho mais verdeComo a noite serena e breveNão resta ao mundo que entenderDe me entender onde não estãoOs próprios que devem entenderOs pássaros e o sentido da paixão,Das mãos como sedeMadrugo meu próprio voo, a vida,Abrindo no resguardo, as asas, o sonho mais verde,Abre, o silêncio do vazio da partida,Lá do cimo das raízes desta madrugada por morrer,A vida, convoquei meus sonhos em bandosNas árvores falantes que me viram nascer,Para termos tantos caules quanto anos. João Amendoeira