Havia nela qualquer coisa de diferente.
Já não sorria pela gente
já não lhe pertencia a sincronia da fala
o flamejar do brilho no olhar
a carícia que emanava para acarinhá-la
já não tropeçavam no meu aconchegar
como antigamente,
sempre amigos, crianças felizmente
felizes por sermos sem problemas
lermos contos embalados
e sonhar neles durante noites serenas.
E simples, não complicados.
E tudo se foi, pois a vida não é fácil,
E a dor nossa mártir.
João Amendoeira (c)